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Todos nós já passamos por isso. Seja na escola, no trabalho ou em grupos sociais, sempre há alguém que é o queridinho, o favorito, aquele que é sempre escolhido para liderar, para ser o centro das atenções, aquele que parece ter mais sorte. E geralmente, ser deixado de fora dessa lista de escolhidos pode ser bem frustrante. Mas será que ser o não favorito é necessariamente algo ruim?

O antônimo de favorito é, obviamente, não-favorito ou menos preferido. E enquanto ser menos preferido pode significar que você não é a primeira escolha para algo, também pode ser uma oportunidade para explorar alternativas e descobrir novas habilidades e talentos.

Ter uma preferência representa uma dificuldade para as pessoas lidarem com a exclusão. A preferência pode levar ao predomínio de uma determinada raça, gênero ou classe social em detrimento de outras, gerando um desequilíbrio e uma dificuldade em aceitar a diversidade, já que a preferência estabelece a ideia de um padrão estético, físico, comportamental ou intelectual a ser seguido.

Ao sermos excluídos, é comum nos sentirmos rejeitados e incapazes, mas isso só acontece porque há uma supervalorização da preferência em relação à diversidade. E é a partir dessa supervalorização que surgem as desigualdades e os preconceitos, já que o que não se enquadra no padrão preferido, é excluído ou marginalizado.

No entanto, é preciso entender que a preferência é subjetiva e influenciada por diversos fatores, como cultura, contexto social, histórico pessoal, entre outros. E essa subjetividade é o que abre espaço para a diversidade, para a multiplicidade de talentos, habilidades e características que podem ser explorados e valorizados.

Não ser o favorito pode ser uma grande oportunidade para desenvolver novas habilidades, para aprender com os outros e para crescer como pessoa e profissional. É preciso estar aberto para explorar novas alternativas e sair da zona de conforto.

A exclusão pode ser uma oportunidade para desenvolver a autoconfiança, a resiliência e a empatia. Quando somos deixados de fora, podemos ter mais sensibilidade para entender a situação de outras pessoas que passam por experiências semelhantes e para criar vínculos mais fortes com aqueles que estão na mesma situação.

Portanto, não se deixe abalar pelo fato de não ser o favorito. Saiba que existem outras formas de ser valorizado e de contribuir para o grupo. Aprenda a explorar suas diferenças e a desenvolver novas habilidades. Aprenda a ser resiliente e a empatizar com os outros. E acima de tudo, entenda que a diversidade é essencial para o crescimento pessoal e profissional de todos.